Eu não sei falar do meu amor para o mundo,
então deixo o mundo falar do meu amor:


Quando os olhos emprego no passado,
De quanto passei me acho arrependido;
Vejo que tudo foi tempo perdido,
Que todo emprego foi mal-empregado.

Sempre no mais danoso, mais cuidado,
Tudo o que mais cumpria, mal-cumprido;
De desenganos menos advertido
Fui, quando de esperanças mais frustrado.

Os castelos que erguia no pensamento,
No ponto que mais altos os erguia,
Por esse chão os via em um momento.

Que erradas contas faz a fantasia!
Pois tudo pára em morte, tudo em vento;
Triste o que espera! Triste o que confia!



Não tenho mais esperanças
Então de esperar me ponho a viver:


Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei por quê.




roubado, com amor.

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga, nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


Bonjour Tristesse!
by Francoise Sagan


Então acabei de ler o primeiro dos meus 20 livros. Achei que foi uma boa escolha para começar, uma história que tem ritmo e que realmente despertou meu interesse. A protagonista Cecile e suas dúvidas em relação às suas atitudes na trama são bem desenvolvidas, o jeito como ela internamente luta com seus sentimentos cruéis e infantis. Ao mesmo tempo, dá para entender o medo das mudanças que a entrada de Anne na vida de seu pai iriam causar, de modo que você consegue sentir as questões morais batendo de um lado e de outro.
O final é supreendente, trazendo um acontecimento que você não "suspeita" que iria acontecer, apesar de que em alguns momentos a história curta (cerca de cento e poucas páginas) poderia ser melhor desdobrada. Falta aquele quê de profundidade, o elo entre você e os personagens não se forma nessa história. Acho também que o clímax acontece abruptamente e apenas as páginas finais, de modo que não dá muito para "saborear" o momento.
A constatação de que na vida mesmo os fatos mais obscuros e densos podem se tornar "apenas uma história de verão" foi muito boa. Acho que os últimos parágrafos de fato salvam o livro do comum e o transferem (parcialmente) para o inesquecível.


As múltiplas facetas do amor

Love can be hopeless as in Virgil, Doomed Love
Love can be sinful as in the Letters of Abelard and Heloise, Forbidden Fruit
Love can be surprising as in Giovanni Boccaccio, The Eaten Heart: Unlikely Tales of Love
Love can be an art as in Giacomo Casanova, Of Mistresses, Tigresses and Other Conquests
Love can be incurable as in Stendhal, Cures for Love
Love can be controlling as in Soren Kierkegaard, The Seducer's Diary
Love can be torture as in Ivan Turgenev, First Love
Love can be heartbreaking as in Thomas Hardy, A Mere Interlude
Love can be murderous as in Leo Tolstoy, The Kreutzer Sonata
Love can be impossible as in Anton Chekhov, A Russian Affair
Love can be unconventional as in Sigmund Freud, Deviant Love
Love can be trusting as in F. Scott Fitzgerald, Magnetism
Love can be innocent as in Katherine Mansfield, Something Childish But Very Natural
Love can be forbidden as in D. H. Lawrence, The Virgin and the Gipsy
Love can be rewritten as in Vladimir Nabokov, Mary
Love can be complicated as in Françoise Sagan, Bounjour Tristesse
Love can be dishonest as in James Baldwin, Giovanni's Room
Love can be sensual as in Anais Nin, Eros Unbound
Love can be chosen as in Willian Trevor, Bodily Secrets
Love can be a game as in John Updike, The Woman Who Got Away

Não tenho o meu favorito ainda, mas estou começando pelo complicado, como eu, e dando bom dia à Tristeza.

A strange melancholy pervades me to which I hesitate to give the grave and beautiful name of sadness.


E você, qual amor escolhe viver ?


Outro dia olhando o calendário das próximas semanas, encontrei um tal de 28 de setembro. E sempre que eu vejo 28 de setembro, eu lembro que falta um mês para eu comemorar meu aniversário. Fazer anos no final do ano é meio esquisito, porque 80% das pessoas já fizeram festa e tal e presentes e aniversários e meio que eu sempre esqueço que isso também acontece comigo.
Aí começo com minhas eternas dúvidas de aniversário. Festa ? Churrasco ? Balada ? Ficar em casa dormindo ? Isso sem contar o já lendário aniversário conjunto que eu sempre planejo fazer com minha amiga que aniversaria no dia 7.
Felizmente, tudo isso é interrompido por preocupações nerdes muito, mas muito mais interessantes. Wishlist. Sou fanática por wishlists, faço em todos os sites do universo. E o que é muito legal por um lado, é chato por outro, porque fica dois tecos em cada site.
Eis que nas minhas andanças na web achei um site tão super fofo: Wishlistr !
Aparentemente um site que permite a mim, uma doente, fazer minha wishlist unificada.

Como ele só importa itens da amazon.com, vou ter que manualmente migrar meus outros itens para lá (e adicionar novos de quebra). Acho que meus freelas podem esperar mais algumas horas.

Veja aqui a lista completa: http://www.wishlistr.com/viviangper
Ou os últimos 20 itens na lateral desse humilde blog


Eu quero ver
Você mandar na razão
Pra mim não é
Qualquer notícia
Que abala o coração...

Se toda hora é hora
De dar decisão
Eu falo agora
No fundo eu julgo o mundo
Um fato consumado
E vou-me embora
Não quero mais
De mais a mais
Me aprofundar
Nessa história
Arreio os meus anseios
Perco o veio
E vivo de memória...

Eu quero é viver em paz
Por favor me beija a boca
Que louca, que louca!



“Um ser humano congelado significa que ele está propositalmente sem sentimentos, em especial para consigo mesmo, mas também e às vezes ainda mais para com os outros. Embora esse seja um mecanismo de autoproteção, ele prejudica a psique-alma, porque a alma não reage ao gelo, mas ao calor. Uma atitude gélida apagará o fogo criativo da mulher. Ela inibirá a função criativa”... “Quando escritores, por exemplos, se sentem secos, áridos e sem vida, eles sabem que o jeito para voltar à fertilidade reside em escrever. Há pintores que estão ansiosos por pintar, mas dizem a si mesmos, ‘larga disso. Seus quadros estão estranhos e feios’.”... “Portanto, qual é a solução? Aja como o patinho. Siga em frente, supere tudo com a luta. Apanhe logo a caneta, comece a escrever e pare de resmungar. Escreva. Pegue o pincel e, para variar, seja má consigo mesma: pinte. Bailarina, vista sua malha, amarre fitas no cabelo, na cintura ou nos tornozelos e diga ao corpo que se mexa. Dance. Atriz, dramaturga, poeta, musicista ou qualquer outra. Em geral, pare de falar. Não pronuncie mais uma palavra sequer, a não ser que você seja cantora. Tranque-se num quarto com teto ou uma clareira sob os céus. Exerça sua arte. Sabe-se que o que está em movimento não se congela. Por isso, mexa-se. Vá em frente”

página 232


nothing is forever
and the time comes when we all must say goodbye to the world we knew
goodbye to everything we had taken for granted
goodbye to those we though would never abandon us
and when these changes finally do occur,
when the familiar has departed and the unfamiliar has taken its place,
all any of us can really do is to say hello and welcome




Violino, semana 3 (porque dias eu ia ficar louca contando)

Confesso que fiquei animada com os resultados que estou obtendo. Essa semana estou começando a colocar a mão esquerda e para mim é o momento fatal de perceber se vou continuar nessa jornada ou não.
Acho que de tanto falarem ou da minha própria devoção antiga a esse instrumentinho que finalmente estou aprendendo, sempre achei quase uma questão de magia negra como as pessoas conseguiam produzir notas afinadas nesse artefato misterioso.
Aprendi, ainda na escola, a lei que diz que um segmento de reta tem infinitos pontos. Ora, e como então eu vou apertar a corda no EXATO ponto que trasforme um ré em um mi ?? Isso era quase como uma missão impossível.
Eis que estou aqui, agora, nessa fase do processo. Como já sou macaca velha de ler partituras, não estou perdendo 0 tempo da minha aula com tal aprendizado, de modo que o foco total tem sido tocar. E também por causa de já pular direto em linhas e linhas de notas para ler, perdi totalmente a "chance" de poder olhar para o violino enquanto toco. Desafio ? Sim, mas interessante.
Assim, hoje treinando e estudando exercícios com a famigerada nota mi, senti uma inexplicável facilidade em encontrar a nota no meu segmento de reta. Claro que pode ser coisa da minha cabeça, vou ter que esperar a próxima aula para ter certeza. Mas enfim, realmente estou achando que meus 15 anos de música não vão me decepcionar.



ps.: só para eu me lembrar daqui uns meses como eu tenho classe na hora de manter meu blog pessoal atualizado mesmo sem querer absolutamente tocar nos assuntos doídos da minha vida pessoal. posts sobre violino rulez.


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