e quando eu quero tanto que o tempo passe,
que a vida passe,
que você passe

mais eu lembro.
ontem olhei pro sol ofuscando meu olho e lembrei da lua que brilhava naquele dia.
lembrei da moça japonesa,
das acrobacias

veio um gosto doce na minha boca com essas recordações,
meu coração estava quente mais que a pele
onde você estaria ? com quem ? fazendo... o que ?

eu estava bem ali do lado.
pensando calorosamente,
involuntariamente
em você.



esse fim de ano está esquisito porque não chega nunca.
os dias se arrastam, cada vez mais retardando os ponteiros do relógio, que estão colados com grude caseiro no mostrador.
estou passando os dias, mesmo que movimentados, numa angústia ansiosa, um afã de querer fugir logo, sumir logo, passar logo, logo, logo, logo.
até esse post queria que saísse logo mas não sai.
fui.
angústia.



Algo que tem muito a ver comigo, para quem me conhece.

"As pessoas passam por perdas e separações. Despedidas nunca são fáceis e percebemos isso como o 'fim da história'. Mas será que é?

O que as pessoas falham em ver é que términos não são nada menos que começos. Despedidas são realmente encontros, separação é crescimento. Embora separados e distantes, isso não aponta para um fim, mas sim para uma duradoura experiência de crescer em diferentes direções.

'Podem os quilômetros nos separar realmente dos amigos? Se você quer estar com alguem que ama, já não está lá?' A ausência de uma pessoa não é a medida para a amizade ou o amor. Verdadeiros relacionamentos não se baseiam em separação. Quilômetros nunca podem separar dois indivíduos. A lembrança do outro e a conexão supera os obstáculos geográficos.

Relacionamentos dos tempos modernos são representados pela presença física do outro. Falhamos em ver que a beleza de uma verdadeira relação está nos corações. Nós choramos, ficamos ansiosos, nos sentimos perdidos ante a perda ou a não-existência do outro, e falhamos em ver o verdadeiro presente de um relacionamento. Está além de aço e vidro que envelhece com o tempo.

Numa vida, encontramos muitas pessoas. Dividimos nossa própria vida com elas. Algumas morrem, outras tomam outras direções, e outras ainda desaparecem. Então nos perguntamos se podem todas as situações fazer uma pessoa sumir completamente de nossas vidas. Não é suficiente o pensamento ou a lembrança de uma pessoa para nos inspirar felicidade? Felicidade e realização não se baseiam no tangível, mas sim no que não é visto."


Uma coisa bonita em mim é meu relacionamento com músicas. É tão verdadeiro que, de dois lugares totalmente diferentes, em momentos diferentes, tempos diferentes, posts diferentes e ritmos diferentes estou enganchada, apaixonada e embebida por um cd que chama "Empezar Desde Cero" e, olhando posts abaixo uma música que caiu em mim como luva tem a seguinte frase "eu recomeço do zero sem reclamar"

amor.



e aqui estou, fimdoanofimdoano. estou feliz que acabou, de verdade, porque foi um ano ruim. foi um ano ruim depois de uma temporada de anos bons, o que intensifica a sensação de coisa errada.
2 anos atras, teve minha viagem querida, minha irmã descoberta, as loucuras e os devaneios... foi também, mesmo antes disso, um ano de mudanças grandes na minha vida, tranformações que me deram aquele viço, vontade de tocar pra frente.
daí veio o outro ano. diferente. descobertas. pessoas que entraram que nem um trem desgovernado na minha rotina, socando tudo pela frente, derrubando minhas casas de palha. foi uma confusão, mas uma bem gostosa. aquele ano foi a esperança, a segurança, uma estabilidade propícia, tudo que gostei de viver.
então esse. esse foi o ciclo. sim, porque o que estava em cima desceu, e dessa vez também não escapei da minha amiga roda da fortuna. azar. eu perdi tudo o que quis, desisti de todos os planos que tracei, esqueci todas as minhas boas palavras de alegria. foi um ano triste.
não é então de se espantar muito que o que sinto agora é uma tristeza grossa, pegando na língua como banana muito verde. às vezes fico quieta-quieta, ronronando sobre as memorias e os sonhos apagados pelo tempo. em outras horas vem aquela vontade esquecida de gritar, e grito e lembro o quão vazia eu fico depois de jogar tudo pra fora de mim com um berro de loucura.
fato que prefiro entristecer por dentro, mas não tenho conseguido. uma parte adormecida de mim acordou esse ano - e não sei se isso me deixa feliz. acho que não.
agora também está naquele countdown para minha esperada viagem de fim de ano. ótimo. ótimo e uma merda, porque o universo, que nunca quis ir pra bsas, resolveu tomar a mesma diereção. sinceramente, fuck them in hell. essa era pra ser a MINHA viagem planejada com as MINHAS amigas, e realmente estou torcendo pra bsas ser uma melancia de grande e eu não topar com nenhuma dessas pessoas que não quero ver na rua florida.
acho que vou fazer uma mandinga da brava.



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