Eu gostaria que fosse uma regra geral, mas isso que estava matutando no post abaixo não se aplica a todas as pessoas.

Ainda assim, há uma grande gama de gente que simplesmente desaparece assim que você se desapega. É difícil perceber isso porque desapego dói. Dá uma sensação de perda e solidão tamanha que a gente desiste no meio do processo e volta a se apegar de novo.

Contudo, se a coragem for grande para ir até o final, a gente percebe que a maioria das pessoas se vai, assim suave como uma brisa passageira. Eis que então você ganha um tempo livre na ausência de tantos fantasmas e fica pensando se não era uma ilusão a existência anterior dessa gente. Sim, porque dado que os vínculos se quebraram, os acontecimentos anteriores se parecem frágeis como névoa. E dissipam.

Eu sei que vivo a solidão de uma forma muito intensa. Dificilmente fujo das suas garras ou evito seu olhar. E o desapego das pessoas só agrava essa situação. Só que cheguei a conclusão que - para mim - sofrer pela ausência de abraços é mais digno e suave que sofrer por abraços frios. Então a escolha de exercitar o desapego.

Mas sou amadora ainda. Quanto maior a dor sofrida, mais difícil o desapego é...


One Comment

Paula disse...

É Vivs, o duro é que nunca consegui fazer isso que você disse, "passar por cima" das memórias não é a minha especialidade. Tenho um lado obscuro que me impele à vingança, isso sim!! Hoje li um trecho do Beckett, dizia o seguinte: "Permitam-me dizer, antes que prossiga, que não perdôo ninguém.
Desejo a todos uma vida atroz e, depois, os fogos e gelos do inferno e um nome honrado entre as execráveis gerações que virão."
Dá pra perder um cinco minutinhos pensando, num dá?
Bjs

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