Eu odeio quando o fim do domingo vai chegando assim, de mansinho, ronronando aos meus pés. Ainda são quatro da tarde, eu penso, mas no minuto seguinte, sete.
E sete já é da noite.
Eu sinto uma preguiça de começar tudo de novo... a semana de novo, as pessoas de novo, o ônibus, as piadas. Quem disse que a semana começa no domingo é, no mínimo, um senhor desocupado.
A noite vai caindo (não que eu tenha visto algo do dia, trancada no escritório) e meu ânimo também. Ainda tenho muita coisa pra fazer nesse fim de semana, mas noite de domingo dá uma preguiça.
Vontade de dormir.
Vontade muita de dormir quando estou desse jeito, meio tonta da vida, meio nauseada das pessoas, meio querendo sumir. Dormir é minha doença sintomática. (ou os sintomas da minha doença)
Nessas noites de domingo queria que o tempo voasse e que, quando eu me desse conta, já estivesse na quarta-feira. Mesmo odiando quartas-feiras.
Estou meio assim-assim, olhando o celular como se algo fosse acontecer. Meio neurotiquinha. Só que eu sei que nada acontece em noites de domingo.
Há dias poucos sonhei que algo pudesse acontecer. Algo que me animasse a acabar o trabalho antes das 16. Aquilo que tornaria meu fim de semana em algo um pouco mais repleto de magia.
Eu sei que nada acontece em noites de domingo, mas eu gosto de me enganar às vezes.
Minha cabeça está girando que nem carrossel. As lembranças num sobe-e-desce incessante.

Me sinto só.
Domingos.


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