Quero usar chapéu de feltro azul, quieta. Sorrir com os olhos lendo o caderno mais chato do jornal. Pedir a mesma coisa três, quatro, cinco vezes, impaciente. Esperar sem reclamar. Conhecer o atendente pelo nome, freqüentar bairros; não pedir mais sobrenome aos recém conhecidos. Quero beber mais porque é light, furar a fila porque é cartão. Quero atravessar a rua sem olhar.
Quero ser o mundo.
Quero puxar a criança pelo braço na calçada, usar óculos fundo de garrafa, usar cintura de modelo. Quero quebrar os óculos da moda, manter a distância, comprar o que vendem na rua por quase preço nenhum.
Quero ser o mundo para ter você dentro de mim.
Corpos velhos – para que servem?
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À princípio, a ideia era organizar o acervo de Luis Arrieta. No texto do
projeto, havia as frases “pessoas que têm mais experiência”, “pessoas com
mais tem...
Há 5 dias
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