Uma chuva torrencial. Isso é o que vejo pela janela nesse exato momento. Nada como uma boa chuva, um céu cinzento e frio para deprimir alguém. Adicionando-se a isso uma música adequada, já é motivo o suficiente para uma mente mal-acostumada sair voando pela janela, carregada pelo vento. Toda a concentração parece desaparecer, não se lembra mais o que se está fazendo, as obrigações simplesmente somem. A vida se transforma em um vazio profundo e interminável, o chão não está mais sob seus pés. Nada faz sentido e tudo se resume a um só NADA. As mãos voam sobre o teclado, mas a mente não pensa, as reações são puramente instintivas. Como eu sempre disse, a mente corrompe o sentimento, nenhum texto, nenhuma frase é boa o suficiente se foi pensada. As palavras tem que ser sentidas, despejadas, vomitadas, pois a razão sempre apara as bordas, "ajeita" os pensamentos, deturpa as verdadeiras vontades. A razão é que nos torna os eternos mentirosos que somos, pois o coração não finge, ele é; não pensa, age. Darwinismo maldito! Por que evoluimos se a cada passo nos tornamos mais burros?!


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