i'm healing.
finally.
infelizmente, do pior jeito. foi indo-indo, eu esperei, fui paciente e lutei pelo que acreditava.
minha nova música preferida da última semana diz bem isso:
"plantei cada semente que o meu coração desejou"
foi bem isso. cada minuto de confiança, desejo e esperança eu compartilhei. cada minuto de tristeza e decepção também compartilhei.
dividi tudo, não escondi nada.
pra mim, não tem nada no universo que fique acima da sinceridade.
"o espelho me disse, você não mudou"
E olhando bem, eu não mudei mesmo. Mesmo nos momentos que meu coração balançou, quis jogar tudo pro alto, trocar de pele, enfim... era eu ainda em algum lugar. Baixei a guarda de verdade. Senti, sofri. E isso, no fim, me fez muito feliz. Saber que eu ainda posso sentir, chorar, amar e sofrer, após tudo o que eu já vivi e, ainda assim, olhar pra o que passou e dizer:
"não há porque me culpar
eu não me permito chorar - já não vai adiantar
eu recomeço do zero
sem reclamar"
Essa sou eu, não mudei.
Não mudei nada.
Não perverti um milímetro em mim.
Mas sim, foi do pior jeito. Um baque. Depois uma perda gradual... que acho muito díficil de recuperar.
Será possível segurar a água após a quebra do dique ?
Difícil.
amei voccê
amei demais
mas eu não quero mais olhar pra tras
confesso que estou escutando essa musica ha quatro dias. quatro dias ressoando que nao sinto frio e q meu coração vazio. então me encontro nesse momento em que me pergunto se é isso mesmo. quero que seja, de verdade. sou muito muito tolerante. nesse caminho de pedras eu vi e ouvi e senti coisas muito ruins (sorte do dia: ao se desejar o cume da montanha não se repara nas pedras do caminho). coisas que me machucaram e palavras que nunca vou esquecer. mas nunca me senti magoada como agora. nunca. aí que surge esse medo confuso que me faz pensar, porque essa mágoa que me jogou tão-tão dentro dessa musica que fala de ser quem nao somos e pessoas que dividirão o futuro como estranhos.
me dói pensar essa possibilidade, que uma vez pensada a mágoa não me deixa esquecer.
depois de ferida, ja perdoei muitas vezes, fato, mas nunca o cristal se colou em vaso de novo. não sei se consigo fazer isso, mesmo querendo.
me sinto caminhando nos estilhaços de algo que foi bonito: cortes nos pés e a quase certeza dolorida de que nada sera tão perfeito como antes.
amei você
amei demais
acho que não te quero mais.
E aqui estamos, 200 posts depois.
200 vezes que entre sorrisos ou lágrimas quis estar aqui, escrevendo nesse pseudo-anonimato da internet.
Tantas lembranças se empilham nesses posts. Tantos amores passados, amigos perdidos, batalhas nas quais eu fui derrotada.
Só de olhar meu tagcloud se vê que esse não é um blog de alegrias. Isso não significa que não fui feliz. Mas é fato que os momentos mais felizes eu não escrevo, eu gravo no meu coração pra sempre. Gosto de escrever as tristezas e os erros, os desvios e nuvens negras, escrever é sempre a válvula de escape. A dor é instrospectiva, e minhas lágrimas sempre foram mais letras que água.
Gosto de sofrer as perdas, saborear a doçura das depressões - me chamem de doente.
Nesse ano que chega ao fim, tanto perdi. E hoje, ônibus lotado, trânsito e pensamentos fervendo, era no que eu pensava. Perdi a hora, cheguei atrasada em todas as cenas da minha vida. Perdi o coração no caminho.
O que me fez mais triste, contudo, foi as amizades que perdi esse ano.
Tantas!
Claro, não eram amizades-de-infância-10-anos-de-convivência. Foram pessoas que conheci e que despertaram no meu peito aquela chama de "desse alguém posso ser amiga a vida toda".
Algumas pessoas do meu ano de 2007 foram assim para mim. Várias, na verdade. Estive aberta e receptiva, atenta. Contudo, eu perdi todas elas. Algumas mudaram, outras viajaram, outras pegaram a estrada errada, outras foram sonhar outros sonhos que não os meus. Cada uma delas doeu como a primeira amizade perdida.
E dessa eu não só não me recupero, como nunca vou esquecer.
Estou viciada em Liah.
Já conhecia umas músicas dela há algum bom tempo (nem sei direito como caiu na minha mão), mas agora estou naquela nóia de baixar álbum e ouvir em repeat one.
Lógico que a música da novela eh uma das piores (nada contra, contudo), mas enfim...
estou gamada nessa:
(meaningful)
Desertos
Amei você
Amei demais
Mas eu não quero mais olhar pra trás
Já não sonho desertos
Já não sinto mais frio
Só meu coração vazio
Foi triste te perder... Meu amor
Me esconder de quem eu fui... De quem não sou
É estranho dizer que tanto faz
Que sou eu que já não te quero mais
O tempo guarda
Tanta coisa
Pra lembrar de você
Quem sabe um dia
Eu te encontre de novo
E não saiba o que dizer
O tempo guarda
Tanta coisa
Pra lembrar de você
Quem sabe um dia
Eu te encontre de novo
E não saiba o que dizer
E não queira te dizer
Que eu...
Amei você
Amei demais
Que eu...
Eu já não quero mais olhar pra trás
Que já não sonho desertos
Já não sinto mais frio
Só meu coração vazio
Eu odeio quando o fim do domingo vai chegando assim, de mansinho, ronronando aos meus pés. Ainda são quatro da tarde, eu penso, mas no minuto seguinte, sete.
E sete já é da noite.
Eu sinto uma preguiça de começar tudo de novo... a semana de novo, as pessoas de novo, o ônibus, as piadas. Quem disse que a semana começa no domingo é, no mínimo, um senhor desocupado.
A noite vai caindo (não que eu tenha visto algo do dia, trancada no escritório) e meu ânimo também. Ainda tenho muita coisa pra fazer nesse fim de semana, mas noite de domingo dá uma preguiça.
Vontade de dormir.
Vontade muita de dormir quando estou desse jeito, meio tonta da vida, meio nauseada das pessoas, meio querendo sumir. Dormir é minha doença sintomática. (ou os sintomas da minha doença)
Nessas noites de domingo queria que o tempo voasse e que, quando eu me desse conta, já estivesse na quarta-feira. Mesmo odiando quartas-feiras.
Estou meio assim-assim, olhando o celular como se algo fosse acontecer. Meio neurotiquinha. Só que eu sei que nada acontece em noites de domingo.
Há dias poucos sonhei que algo pudesse acontecer. Algo que me animasse a acabar o trabalho antes das 16. Aquilo que tornaria meu fim de semana em algo um pouco mais repleto de magia.
Eu sei que nada acontece em noites de domingo, mas eu gosto de me enganar às vezes.
Minha cabeça está girando que nem carrossel. As lembranças num sobe-e-desce incessante.
Me sinto só.
Domingos.
Any sudden movement of my heart.
And I know, I know I'll have to watch them pass away
Just get through this day
Give up your way, you could be anything,
Give up my way, and lose myself, not today
That's too much guilt to pay
But you held me down and screamed you wanted me to die
Honey you know, you know I'd never hurt you that way
Give up my way, and I could be anything
I'll make my own way
Without your senseless hate
So run, run, run
And hate me, if it feels good.
You lied to me
But I'm older now
And I'm not buying baby
And you'll never hurt me again.
e é isso.
eu guardei minhas palavras até o fim.
eu contradisse tudo e todos e coloquei a minha percepção sempre acima.
eu permaneci fiel ao que eu sentia. permaneci fiel a mim mesma, contra o mundo.
mas agora é isso que meu coração diz.
o que já tinham me dito inúmeras vezes.
sim, estou triste demais.
demais.
mas parei aqui com essa história.
Posso até estar sem muita vontade de escrever, mas quando leio um blog legal, um blog que conversa comigo, dá uma coceirinha doida nos dedos.
Acho estranho se sentir íntimo de desconhecidos. Um distanciamento que me aproxima. Às vezes, se conheço a pessoa, ela pode até estar passando por coisas parecidas com as minhas, mas não toca o meu sentimento. Com estranhos é diferente.
Sabe, eu tenho uma coisa com estranhos.
E, de repente, essa menina anônima fala comigo a cada post. Seja de trabalho, seja de viagens, seja de consumo... mas, principalmente, de amor.
Ela fala tanto as minhas palavras engasgadas que, repeti-las aqui faria desse post quase um post redundante.
Ela também não queria sofrer por quem não merece.
Ela também queria que a fila andasse logo e que não ficasse obrigada a cair no pensamento dele a cada cinco minutos.
Também queria parar de tentar ser amiga de alguém que faz doer infinitamente.
Também queria parar de retroceder ao passado a cada entrelinha da vida; pensar no que podia ter sido, pensar no que foi.
Queria que o menino bonitinho e tão fofo da semana passada se interessasse. Não por causa dele somente, mas porque isso afasta o outro da cabeça.
Queria parar de sofrer.
Parar de amar. Mesmo depois de tanto tempo, parar de amar e de sentir o coração vazio e inquieto.
Almas gêmeas.
Quero ficar em posição fetal e deixar a vida passar sobre mim como um rolo compressor.
Quero fechar os olhos e ver negro sem estrelas.
Quero que todas as músicas parem de cantar minha vida, e que todas as histórias parem de falar sobre mim.
Quero ficar autista, pegar pneumonia, ter uma desculpa para mudar de país.
Quero não mais ter o gosto salgado das lágrimas estuprando a minha boca.
Queria fingir melhor que estou melhorando.
Não quero reaprender a viver à deriva, não quero esquecer o cais e não quero perder meu porto seguro.
Não quero, apesar de ser burro. Eu entendo que é burro, que estou agindo como uma burra e que isso é errado. Mas eu quero aproveitar meu momento de burrice. Ele está quentinho e amigável e é com ele que eu quero ficar.
Você tem o tempo que quiser
De você aceito o que vier
Menos solidão
Me promete tudo outra vez
Na esperança louca de um talvez
Me basta a ilusão
Só te peço o brilho de um luar
Eu só quero um sonho pra sonhar
Um lugar pra mim
Eu só quero um tema pra viver
Versos de um poema pra dizer
Que eu te aceito assim
O que eu sei é que jamais vou te esquecer
Eu me agarro nessas fantasias pra sobreviver
Eu não sei se estou vivendo de emoção
Mas invento você todo dia pro meu coração
Deixe saudade e nada mais
Por que é que os corações não são iguais
Diga que um dia vai voltar
Pra que eu passe minha vida inteira me enganando
Deixe saudade e nada mais
Por que é que os corações não são iguais
Diga que um dia vai voltar
Pra que eu passe minha vida inteira te esperando