E aqui estamos, 200 posts depois.
200 vezes que entre sorrisos ou lágrimas quis estar aqui, escrevendo nesse pseudo-anonimato da internet.
Tantas lembranças se empilham nesses posts. Tantos amores passados, amigos perdidos, batalhas nas quais eu fui derrotada.
Só de olhar meu tagcloud se vê que esse não é um blog de alegrias. Isso não significa que não fui feliz. Mas é fato que os momentos mais felizes eu não escrevo, eu gravo no meu coração pra sempre. Gosto de escrever as tristezas e os erros, os desvios e nuvens negras, escrever é sempre a válvula de escape. A dor é instrospectiva, e minhas lágrimas sempre foram mais letras que água.
Gosto de sofrer as perdas, saborear a doçura das depressões - me chamem de doente.
Nesse ano que chega ao fim, tanto perdi. E hoje, ônibus lotado, trânsito e pensamentos fervendo, era no que eu pensava. Perdi a hora, cheguei atrasada em todas as cenas da minha vida. Perdi o coração no caminho.
O que me fez mais triste, contudo, foi as amizades que perdi esse ano.
Tantas!
Claro, não eram amizades-de-infância-10-anos-de-convivência. Foram pessoas que conheci e que despertaram no meu peito aquela chama de "desse alguém posso ser amiga a vida toda".
Algumas pessoas do meu ano de 2007 foram assim para mim. Várias, na verdade. Estive aberta e receptiva, atenta. Contudo, eu perdi todas elas. Algumas mudaram, outras viajaram, outras pegaram a estrada errada, outras foram sonhar outros sonhos que não os meus. Cada uma delas doeu como a primeira amizade perdida.
E dessa eu não só não me recupero, como nunca vou esquecer.
Somebody That I Used to Know
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