O segredo de fazer um bom embrulho de presente não é as dobrinhas cheias de firulas, as fitinhas de papel extra ou o jeito de colar o durex. O que define se o embrulho vai ficar bonito ou não é se o papel de embrulho é o suficiente - e aqui quero dizer nada a mais nem nada a menos que o exato necessário - para o objeto a ser embrulhado.

Acontece que papéis de presente vêm em folhas bastante grandes, geralmente muito maior que nossos modestos presentes. Logo, para termos o tamanho "ideal" temos que passar a tesoura no papel e cortá-lo: e é aí que reside o medo.

Medo, porque uma vez cortado, não há volta. Se cortarmos pequeno demais, o papel estará desperdiçado em sua maioria dos casos e não há como remendar. E mensurar o quanto vamos precisar é difícil por causa das variadas dobras. O que acontece é que a maioria das pessoas, por medo, corta grande demais e aí todo aquele papel fica meio "fofo" em volta do presente, sobrando e amassado que nem pneuzinhos na barriga. O aspecto de "não sabe embrulhar presente" é inevitável nessas situações.

E tudo isso porque as pessoas tem tanto medo de cortar, de ações que não têm volta, que elas preferem cortar grande, com sobras e arcar com o prejuízo de ter todo aquele papel feio e indesejado enfeiando o embrulho.

Aí você me pergunta porque toda essa teorização sobre um assunto bobo, e eu respondo: a vida é como fazer um embrulho, tamanho nosso medo de cortar o papel.


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