Pequeno ensaio sobre a fé
Crer ou não crer, eis a questão? Não necessáriamente. Às vezes essa escolha pode não ser tão racional, e é no 'racional' que está o problema. A fé, para ser verdadeira, não pode ser baseada em reações racionais, em reflexões, mas tem que simplesmente existir, querendo ou não. O que nós podemos fazer é ignorar a fé ou negá-la, mas para isso ela deve ao mínimo existir.
E ela sempre existe? Não necessariamente. Veja o meu caso: eu não faço parte do grupo 'revoltados contra Deus S/A' e não parei um dia e disse 'Não vou mais dar bola para essa baboseira'. Hoje em dia eu já posso olhar para trás e simplesmente ver que eu nunca tive fé, nem quando era pequena demais para pensar sobre o assunto. Desde que eu me lembro, eu tenho claro para mim não um sentimento de luta contra a crença em Deus, mas sim uma indiferença profunda. A verdade é que toda aquela história (a da Bíblia) sempre me pareceu muito interessante, mas nunca passou de mais um livro de ficção. A pura existência de Deus sempre foi encarada por mim como mais uma história do criador mais criativo da face da Terra - o ser humano. A minha frase predileta é: "Uma mentira contada várias vezes se torna verdade".
Agora eu me pergunto: o que eu posso fazer contra isso? Nada! Não se pode criar a fé racionalmente, pois senão ela não é fé, de modo que se ela nunca existiu naturalmente em mim, eu não posso inventá-la. Ou ela nasce do nada, ou continuamos na mesma. Por mim, que fique tudo como está. Seria melhor fingir? Bom, de um certo modo eu já o faço, pois nem todo mundo está pronto para aceitar a minha realidade. Farsa para alguns, sinceridade para outros - a gente vai dosando as reações - o que eu não vou fazer é mentir para mim mesma, porque isso sim é burrice. E sempre tomando cuidado para não escorregar, já que mentir é como fazer um doce: tem que ir apurando e mexendo sem deixar passar do ponto.
Parece simples, mas cansa - e como cansa. Um espírito livre preso em uma jaula de ferro.
O que eu queria mesmo é que essa perseguição implacável terminasse. Sou eu o erro do mundo ou o mundo que está ficando errado?
E a morte continua...
Ouvi finalmente a música Broken! Na verdade, vi clip na MTV (viva a mídia de massa!). A música é legal, e o som do Seether tb, mas queria ouvir mais deles antes de dar um parecer definitivo. Evanescence ainda é melhor, na minha opinião, mas a Amy Lee ajuda beeeem na música. Minha linha telefônica continua dando problema, para variar (ou é minha vida que está dando problema?). Falando sério, acho que é melhor eu encerrar esse tópico por aqui.
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