É um círculo. Sem arestas, sem vértices, sem começo, sem fim, sem nada. Pode se perder aqui, seja bem vindo. Nada acontece abruptamente, nada é inesperado, é circular. Você não vai saber por onde entrou, nem vai saber qual a porta de saída, mas tudo bem, porque aqui onde não tem meio, não acontece nada de mais.
É um símbolo, ou estigma, marca, cicatriz, sinônimo de verdade, tristeza. O misto de tudo dá nada, é como o vermelho-verde-azul. Se juntar tantas matizes de sentimentos opositores você encontra a ausência de luz.
É a perdição, o encontro do alfa e do ômega, o precipício de eterno cair. Uma hora ou outra você pára de pensar, pois é uma charada impossível, desafio sem solução. É a conta faltando número, vírgulas dançando sem baile para ir.
Independe de mim. Ata-me.
Ainda assim... vem comigo.

Sonnet 150

O, from what power hast thou this powerful might
With insufficiency my heart to sway?
To make me give the lie to my true sight,
And swear that brightness doth not grace the day?
Whence hast thou this becoming of things ill,
That in the very refuse of thy deeds
There is such strength and warrantize of skill
That, in my mind, thy worst all best exceeds?
Who taught thee how to make me love thee more
The more I hear and see just cause of hate?
O, though I love what others do abhor,
With others thou shouldst not abhor my state:
If thy unworthiness raised love in me,
More worthy I to be beloved of thee.

Ah ! Odeio-te. Odeio-te. Odeio-te.
Principalmente detesto como você não deixa nenhuma pista, como foge do meu controle, escapa da minha obsessão. Ah !

Deixe-me só com minha neurose.


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