Ah, desprezo! São as rendas, os brancos e pretos, a boca que abre e fecha, abre e fecha, abre e fecha com o seu plic plac plac desagradável, pseudo-sedutor, ignorante, sons vazios que se perdem no fundo da mente, tornam-se planos de fundo fixos. Escondem-se sob o negro, não querem tirar suas máscaras que os protegem, escondem suas pupilas rasgadas, línguas bifurcadas que se entrançam, dançam freneticamente em bailes de camaradas tão perdidos quanto, abraçam-se na adversidade e no gozo. Desprezo-os. E também há as conversas que se repetem, repetem, repetem, repetem, incansávelmente para ouvidos moucos que apenas confirmam o que não ouvem; solitários em busca de público para seus monólogos. Aposto que falam sozinhos, nem que seja em suas mentes, medo de parecerem loucos, insanos, senis. São o que são não vou me apiedar. Estranhos componentes de uma salada indigesta. Ainda resisto, no topo de um penhasco que desmorona aos poucos, me equilibro, seguro nas estrelas.
Sim, pode falar que sou revoltada, arrogante, idiota. No fundo, apenas velha.
Somebody That I Used to Know
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de dança que v...
Há 6 meses
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