Como pode existir alguém tão covarde, tão insensível, tão vazio e tão cheio de si? Não há explicação para o inexplicável, mas mesmo assim eu continuo a busca, pois ela é o propulsor de algo que está se extingüindo aqui.
O nó persiste, não importa o quanto eu grite. Ele ignora os meus esforços, continua me estrangulando aos poucos, me intoxicando lentamente, a dor que cresce de dentro pra fora e que nunca sai. Nunca sai.
E de novo eu estou aqui, rodando sem sair do lugar, desenhando as espirais infinitas. Isso é compulsivo. Não estou tentando ser coerente, não se preocupe com isso. Lógica é algo que já foi superado aqui, isso não funciona nesse blog. Você pode escolher, ou coloca sua máscara de oxigênio e espera pra ver ou usa as saídas de emergência nas laterais.
Eu nem sei mais se continuo a prometer as coisas para mim mesma, porque o que eu mais tenho feito ultimamente é ir contra tudo o que eu falei há minutos atrás. Acho que lutar contra minha persistência em errar é inútil, a partir de agora vou meter a cabeça na parece de propósito (até rachar). Olha aí as promessas disfarçadas que não serão cumpridas apesar de merecerem ser.
Já tomou sua capsula de cloridrato de fluoxetina hoje? Então pára de ler asneira e vai fazer isso. Com saúde não se brinca.
Rídiculo é eu ficar me enganando com palavras bonitas. Transformando bile em letra. Acho que eu faço isso pelo puro prazer de sujar a tela tão branca do meu Notepad, branco incomoda. Vazio incomoda. Nada incomoda nada.
Impressionante como ninguém escreve nada que presta em blog. Fico entrando nesses 'mais visitados' e sinceramente... que lixo... Me pergunto se alguém realmente já escreveu um blog bom (não, o meu já está fora dessa briga desde o seu primeiro post, quando ainda era um filho do weblogger), porque eu nunca li um que me chamasse a atenção. Talvez os escritores usem máscaras de burrice em seus blogs. Ou talvez não escrevam blogs, eles têm livros pra escrever. Enquanto eu não tenho o meu, fico nessa vida. Que pretensão.
Estou me acalmando agora (mentira, minha perna ainda está se debatendo histéricamente contra a cadeira), mas eu finjo que estou. Finjo que aquele pedaço de bolo que comi há uma hora alterou alguma quimíca (estou com a química alterada, como diz a garota de América que eu não sei o nome) secreta no meu organismo. Ah, fingir é tão bom. Tão bom que me dá vontade de vomitar.
...
Voltei. Foi bom me libertar do que me consumia, mesmo sabendo que isso não passa de uma criação do meu consciente que simula um inconsciente cansado. Olha só ele se manifestando em palavras profundamente vazias novamente. Porque se Paulo Coelho é aclamado eu posso dizer qualquer coisa sem me sentir patética. Não só eu. Você também. Junte-se à turminha.
Eu acho que eu tenho problema mental isso sim. Tinha uma história que pobrema é o seu e poblema é dos outros, mas isso não vem ao caso quando a ênfase é em *mental*. Mais um produto mentolado trazido diretamente da Birmânia Oriental pra você. Estou com idéia fixa na Birmânia Oriental há uma semana. Se existe isso é outra história.
E só pra concluir... acho que gosto de sofrer até em sonho... porque outro dia eu estava tendo um sonho horrível de conteúdo inconfessável e eu acordava e ficava bem quietinha para dormir de novo e voltar a sonhar. E voltava. E sofria. E me angustiava. E isso é doença.
Mais de meia hora escrevendo e ainda não consegui entender como pode haver alguém tão corajoso, sensível, profundo e humilde!
Somebody That I Used to Know
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