Essa semana eu vi uma cena ótima na minisérie "Um só coração", daquelas que você fica pensando um tempão depois. No meio de toda aquela baboseira de "menina-rica-gosta-do-garoto-pobre-e-a-família-é-contra", a mulher interpretada pela Lu Grinaldi (acho que é assim que escreve), estava aconselhando a filha a não se casar por amor, porque a pobreza, a miséria, é muito dura, mais dura que um casamento sem amor. Enquanto isso, a Yolanda (Ana Paula Arósio), que é a garota-podre-de-rica da novela, brigava com a mãe porque ela queria ficar com o "grande amor pobre da vida dela". Ficou bem chocante o contraste dessas duas visões, de quem tem tudo e de quem não tem nada, porque eles passaram uma cena logo após a outra. Acho que isso exemplifica e comprova bem a minha tese de que quem continua a acreditar na máxima "dinheiro não traz felicidade" são aqueles que nunca realmente precisaram de dinheiro, sempre tiveram não necessáriamente tudo, mas tudo que suas mentes (menos ou mais limitadas) conseguiam sonhar.Enquanto isso, todas as outras novelas continuam a me irritar profundamente. Ora é aquela Nice acreditando em todas as "viagens" da megera da Paula (Anjo Mau), ora é o Marcos enganando a Laura (Celebridade). Onde é que já se viu o par sempre-fiel de vilões ficarem se enganando? E a união sagrada da ala má das novelas?! Não tem nada a ver a vilã-superesperta ficar sendo passada pra trás. A cada dia me decepciono mais com os roteiros da TV.
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